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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As águas voltam a subir

Em sobrevoo pelo oeste do Amazonas, Greenpeace documenta municípios em situação de emergência por conta da vazante. Mas os leitos já estão enchendo novamente.
Voltou a chover no oeste do Amazonas. Por enquanto, a Defesa Civil continua com a lista de 21 municípios em situação de emergência, por conta da vazante dos rios. Mas a julgar pelo monitoramento que o Greenpeace tem feito da situação e pela documentação que fez num sobrevoo nos últimos dias, 2010 não deve ser um ano para entrar na história das piores secas.
Nos gráficos montados com informações do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), o nível das águas em algumas regiões beirou as curvas dos anos que tiveram as vazantes mais intensas. Mas, aparentemente, o quadro já está se revertendo e o período de seca será menor que nos piores anos. “Em Tabatinga, por exemplo, o Solimões desceu mais que a pior vazante registrada, em 2005. Mas isso durou apenas duas semanas, enquanto naquele ano se arrastou por quase dois meses”, observa Rafael Cruz, da campanha Amazônia do Greenpeace.
O time de ativistas sobrevoou 19 municípios, dos quais três estavam em estado de alerta e 13 em situação de emergência. Fonte Boa e Uarini pareciam ser os mais castigados, conta Cruz: “Nos igarapés a gente só via um filete de água, e os portos ali estavam bastante secos”. Nos demais municípios, havia embarcações atracadas normalmente, e em uma visita por terra ao porto de Tabatinga, a equipe constatou que ele funcionava sem problemas.
O fenômeno das cheias e da vazante é comum nos rios amazônicos, em uma região que todo ano passa por períodos de seca e de precipitações. Sem a presença do Estado, a cada temporada, comunidades sofrem com o isolamento e com enchentes. Para sanar os problemas que chegaram com a vazante esse ano, o governo prometeu R$ 4 milhões. Mas para políticas estruturais voltadas à região, nem sinal de desembolso.
Fonte: GREENPEACE

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