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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A última chance dos EUA

Durante as próximas duas semanas, os olhares do mundo se voltam para Durban, na África do Sul, onde chefes de estado de mais de 190 países estão reunidos para discutir soluções para combater as mudanças climáticas.




Voluntários do Greenpeace erguem um moinho de vento em praia de Durban, África do Sul: uma mensagem de esperança aos líderes mundiais reunidos na Convenção do Clima da ONU. (© Shayne Robinson / Greenpeace) A partir desta segunda-feira, e durante as próximas duas semanas, os olhares do mundo se voltam para Durban, na África do Sul, onde chefes de estado de mais de 190 países estão reunidos para discutir soluções para combater os efeitos iminentes das mudanças climáticas.

Mais importante Convenção do Clima das Nações Unidas, a COP-17 tenta salvar o protocolo de Kyoto, único acordo global que estabelece metas para cortes de emissões de gases do efeito estufa. Mesmo sem a adesão dos EUA, e sem incluir os países em desenvolvimento, o protocolo é o único instrumento que existe atualmente para se reduzir as emissões de CO2.

O tratado, porém, vence em 2012. Por isso, o principal desafio da Convenção é renová-lo. Ao mesmo tempo, incluir nele economias emergentes como China, Brasil, Índia e Indonésia. Quanto aos Estados Unidos, essa é a última chance de escutar o povo, e não as empresas que poluem, aceitando participar de um novo acordo global.

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“A África já está sofrendo os impactos das mudanças climáticas, mas isso ainda não parece ser suficiente para que países como os Estados Unidos tomem uma atitude”, declarou ontem Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional. “Durban precisa representar um novo começo para as negociações globais em torno das mudanças climáticas. Esperamos que deste encontro saia um acordo que represente os interesses das pessoas de todas as partes do mundo, e não os interesses das corporações que poluem.”

Com ou sem a adesão do principal emissor de CO2 do planeta, os países precisam estar preparados para seguir adiante: “Os esforços globais por um acordo não pode ficar refém dos Estados Unidos”, disse Tove Ryding, coordenador de Política Climática do Greenpeace Internacional. Segundo Ryding, o argumento de que só poderá haver um acordo com a participação dos Estados Unidos está se tornando uma desculpa de outros governos para não assumirem sua parcela de responsabilidade em torno das questões climáticas.

Além da renovação de Kyoto, outras questões devem chegar às mesas de negociações dos líderes globais. As expectativas em Durban girarão em torno de um novo acordo global vinculante, com a participação das economias emergentes e que assegure um teto máximo de emissões de gases do efeito estufa até 2015.

Além disso, os ambientalistas pedem um fundo mundial para lidar com os efeitos das mudanças climáticas e a cooperação tecnológica e financeira para os países em desenvolvimento poderem se adaptar às medidas adotadas e proteger suas florestas.
 

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